O Brasil teve cinco representantes e a maioria chegou aos playoffs

No dia 22 de fevereiro começou a ESL Pro League 17. Nessa temporada, o Brasil tinha MIBR, Furia, Imperial, 00 Nation e Pain como seus representantes. Desses cinco, 3 se classificaram aos playoffs e voltam a jogar no dia 21 de março.

Os adversários serão conhecidos após o fim do grupo D, que termina no dia 18. 

Como foi o desempenho de cada equipe? E quais os pontos positivos e negativos que a fase de grupos mostrou?

KSCERATO comemorando- Reprodução: twitter/ESLCS

MIBR

Sendo o único representante brasileiro no grupo A, o MIBR teve 4 partidas e venceu apenas uma delas. Em sua estreia foi derrotado pela Fnatic por dois a zero, depois conseguiu vencer os asiáticos da IHC também pelo mesmo placar. Com o resultado os brasileiros conseguiram ganhar de um time que vinha sendo pedra no sapato do Brasil nas últimas competições internacionais.

Após a vitória, o MIBR perdeu para o melhor time do mundo, G2, e foi eliminado da competição pela Eternal Fire. No geral foi um campeonato razoável, e a equipe novamente mostrou potencial, podendo almejar voos maiores até o final do ano.

Pontos Positivos: Um ótimo lado Terrorista e mais um ótimo campeonato de Felipe “insani” Yuji.

Pontos Negativos: Lado contra-terrorista muito inconstante, map pool fraco, falta de dominância nos mapas de escolha (perdendo 3 de 4 que disputou) e falta de controle econômico.

Imperial

Estreando após uma boa temporada jogando na América do Sul, a Imperial ainda era uma dúvida em que nível realmente estava. O nível de jogo apresentado foi satisfatório, mas ainda apresentou muitas dificuldades principalmente em situações de vantagem, e em vencer os mapas após chegar aos 15 pontos. A equipe brasileira se despediu do grupo B sem nenhuma vitória, contra Furia, SAW e Complexity respectivamente. Ao todo o time teve três mapas diferentes onde chegou ao match point, mas não venceu o mapa.

Pontos Positivos: Boas atuações de Terrorista, boas táticas em ambos sentidos, facilidade em chegar ao match point, e bons rounds armados principalmente de Contra-Terrorista.

Pontos Negativos: Grande dificuldade na Vertigo, em fechar mapas e vencer rounds após conseguir a vantagem numérica ( 4×1;4×2; 5×3), dificuldade contra rounds econômicos dos adversários, e controle ruim da economia.

Fallen após derrota- Reprodução: twitter/ESLCS

Furia

Classificando-se para os playoffs, a Furia oscilou bastante no grupo B, mas ainda assim foi muito bem, sendo derrotado em apenas uma partida de quatro disputadas. Vencendo sua partida de estreia, os “furiosos” demonstraram calma e resiliência para ganhar após estar perdendo por 15-10. Posteriormente perdeu para a MOUZ por 2-0, e venceu BIG e Movistar Riders por 2 a 1. Muito criticada por analistas europeus e até por uma parte dos brasileiros, a Furia foi a primeira equipe brasileira classificada para os playoffs.

Pontos Positivos: Nuke voltando a ser um bom mapa da equipe, excelentes exibições de Terrorista, resiliência, e um desempenho individual absurdo de Kaike “KSCERATO” Cerato.

Pontos Negativos: Dificuldades em manter a vantagem no início de round, falta de controle emocional em determinados momentos, complicação em rounds de vantagem.

Pain

Sendo a segunda equipe brasileira a se classificar, a Pain teve apenas uma derrota contra a NIP por 2 a 0, mas ainda sim demonstrou um nível de jogo interessante. Após perder a estreia, os brasileiros se recuperaram e terminaram com a mesma campanha da Furia, com 3 vitórias e apenas um revés. Mesmo após perder seu capitão, a Pain demonstrou ótimas estratégias, principalmente no TR. No jogo da classificação, venceu os australianos da Grayhound por 2 a 1.

Pontos positivos: Ótimo TR, boas escolhas de mapa (vencendo 3 de 4 que escolheu), bom map pool, e individualmente as excelentes atuações de Felipe “skullz” Medeiros.

Pontos Negativos: Decisões de meio de round no CT, a Overpass, e problemas para vencer alguns rounds quando possuía vantagem numérica.

Equipe da Pain após vencer sua partida- Reprodução: twitter/ESLCS

00 Nation

Após perder Epitacio “TACO” de Melo por problemas pessoais, a 00 Nation optou por apostar no jogador de 19 anos Leonardo “n9xtz” Soares. O começo do campeonato foi muito ruim para a equipe, perdendo para OG e Greyhound respectivamente. Não podendo ser derrotado mas nenhuma vez, os brasileiros enfrentaram a Rooster, e chegaram muito perto da eliminação. Depois de perder o primeiro mapa por 16 a 13, a 00 Nation estava sofrendo na Inferno, com o placar chegando a 14-7 para os adversários. Ao virar essa partida, os brasileiros se reencontraram no campeonato, e venceram Greyhound e NIP respectivamente, saindo com a última vaga do grupo C. Mesmo em sua primeira LAN, “n9xtz” não comprometeu e foi essencial na partida decisiva contra os europeus. No total foram três vitórias e duas derrotas.

Pontos Positivos: Conversão de rounds de desvantagem, o protagonismo dos 5 jogadores em partidas diferentes, e a resiliência para não desistir em nenhuma situação.

Pontos Negativos: Dificuldades nos mapas de escolha (vencendo apenas 1 de cinco), oscilação em todos os mapas jogados (jogando muito bem num dia, e sendo duramente derrotado em outro), perder o round após acertar a leitura.

Seleção da fase de grupos:

A sensação que fica para a torcida brasileira é de esperança, e que podia mais com MIBR e principalmente Imperial. Os times conhecerão seus adversários após o dia 18, quando acaba o grupo D.

Com a chegada do Brasil na fase de grupos chegando ao fim, os melhores jogadores foram:

🇧🇷 Kaike “KSCERATO” Cerato

🇧🇷 Felipe “skullz” Medeiros

🇧🇷 Rodrigo “biguzera” Bittencourt

🇧🇷 Rafael “saffee” Costa

 🇧🇷 Felipe “insani” Yuji