A Netflix lançou nessa última sexta feira (11) Drive To Survive, a série que conta os bastidores da temporada da Formula 1. Confira as narrativas que foram além da disputa entre Max e Lewis pelo título mundial.
Se você não acompanha a Formula 1 ou deixou de acompanhar recentemente com o discurso de que agora as corridas estão sem graça, esse texto também é pra você. Chegou nessa última sexta feira (11) no catálogo da Netflix Drive To Survive, a série que conta os bastidores da Formula 1.
A temporada desse ano chegou com alta expectativa, visto que tivemos o melhor campeonato dos últimos tempos. Max Verstappen e Lewis Hamilton tiveram uma das maiores rivalidades recentes da Formula 1 e a Netflix obviamente não deixou passar. Entretanto a plataforma de streaming também abordou outras narrativas bem interessantes ao longo da temporada.
A série retrata a difícil tentativa de conciliação da McLaren com seus dois pilotos, episódios mostraram que a relação entre Norris e Ricciardo não foi de toda harmonia (vale lembrar que o streaming já foi acusado de plantar rivalidades antes, o campeão mundial desse ano Max Verstappen se nega a participar das gravações desde a segunda temporada devido a essas atitudes). Apesar da dobradinha em Monza, liderada pelo piloto australiano, a Netflix também faz questão de mostrar a extrema dificuldade de adaptação de Daniel ao carro, principalmente na primeira metade do campeonato.
O clássico episódio da Haas também marcou presença. Foi acompanhada de perto a relação do diretor da equipe Günther Steiner com os seus dois jovens talentos, entre eles Nikita Mazepin, que juntamente com seu pai pressionou por um carro melhor, chegando em determinado tempo até ameaçar tirar o patrocínio da Uralkali caso seu carro não fosse trocado com o companheiro de equipe Mick Schumacher.
Foi possível acompanhar o início de carreira do piloto japonês Yuki Tsunoda, que apesar de talentoso enfrentou dificuldades para se adaptar à nova realidade, incluindo o seu temperamento. A série mostra que o sexto lugar na Hungria (melhor resultado do piloto até então na temporada) foi fruto de uma mudança repentina de rotina, criando novos hábitos em um novo lugar para morar na tentativa de acalmar seus instintos.
Falando em Hungria, a primeira vitória de Esteban Ocon teve seu destaque merecido na série. Grande Prêmio marcado por uma largada caótica proporcionou um dos momentos mais bonitos da temporada. O piloto francês mostrou para a categoria que merece estar onde está e conquistou pontos preciosos na disputa do mundial de construtores para a Alpine.
Outra história representada na série foi a disputa intensa entre George Russel e Valteri Bottas pelo segundo assento da equipe Mercedes, Drive To Survive demonstra que a escolha de Toto Wolf não foi fácil mas que apesar dos acidentes e dos conflitos “causados” pelo jovem talento, George recebeu o voto de confiança da equipe.
Por fim é claro que a principal narrativa de Drive To Survive foi a batalha Verstappen e Hamilton e a série foi além, trouxe ao público um confronto tão interessante quanto, Toto Wolf e Christian Horner, chefes de Mercedes e Red Bull Racing respectivamente.
O auge ficou para o último dos 10 episódios lançados, nele é contado com detalhes a emocionante “corrida da geração” de Abu Dabhi e toda a confusão que foi originada após o acidente de Nicholas Latifi apenas 5 voltas do final da prova. Os fãs da Formula 1 foram capazes de assistir as reações dos chefes de equipe, rádios entre equipes e direção de prova, rádios dos pilotos confusos dentro da pista, relargada emocionante e a disputa roda a roda pelo título mundial.
O título ficou com Max Verstappen e você pode não simpatizar com o holandês nem com a equipe dele mas assistindo o enredo construído pela série é inegável a beleza do momento e da comemoração dos campeões.
Com o término da 4º temporada de Drive To Survive os fãs ficam com o gosto de que poderiam ser abordados mais assuntos, os brasileiros ficaram na bronca pelo fato da Netflix destinar poucos segundos ao GP do Brasil, mesmo sendo palco de uma das melhores pilotagens de todos os tempos.
A Formula 1 volta nesse final de semana (20) com o GP do Bahrein e as expectativas de mais uma temporada histórica são altas.
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QUENTARO 