As redes sociais têm permitido uma nova abordagem sobre como o mundo entende os conflitos mundiais. Entenda.
Com o início do conflito entre a Rússia e Ucrânia, o mundo voltou-se à região para observar os desdobramentos. Neste cenário, uma das janelas diretas ao conflito é a internet.
Através desta, qualquer pessoa tem fácil acesso aos acontecimentos, agora não mais registrados somente por redes de televisão e jornais, mas pelas próprias pessoas que vivenciam a guerra.
Em poucos minutos passados no TikTok, uma das redes sociais mais usadas no mundo, é possível encontrar conteúdo diverso sobre o que acontece na Ucrânia. Os mais comuns são aulas rápidas de geopolítica, filmagens de explosões e caças militares, vídeos ao vivo de pessoas fugindo e se escondendo nos metrôs, entre outros.

Além do caráter informativo, também é possível encontrar vídeos divertidos, contrastantes às cenas vistas recentemente. A conta @alexhook2303, gerida pelo soldado ucraniano Aleksandr Kovalenko, posta vídeos de militares dançando e imitando bandas, se divertindo nos períodos de descanso que possuem. Os vídeos, que têm passado das dezenas de milhões de visualizações ultimamente, recebem comentários como “Por favor, não morra”, ou então “Boa sorte”.
A internet vem possibilitando às pessoas distantes do conflito possam ver o que os cidadãos ucranianos estão tendo de passar — e em tempo real. Apesar de a situação ser terrível para os ucranianos, a documentação constante e consequencial postagem nas maiores redes sociais é extremamente positiva. Além de gerar empatia, e com isso mais doações, as visualizações trazem consciência de mundo àqueles que assistem. Com o uso decrescente de televisões e um aumento do uso de serviços de streaming, que não costumam incluir canais de notícias, as pessoas passam a ter as redes sociais como fonte quase única de informações.
A guerra entre a Rússia e Ucrânia é o assunto mais comentado dos últimos dias, e as redes sociais trazem visibilidade incrível à situação. “Estamos vendo uma guerra pelo TikTok”, comentam os internautas.