Seleção brasileira feminina de futebol segue invicta nos jogos olímpicos de Tóquio até aqui.
A seleção brasileira feminina de futebol iniciou sua participação nas Olimpíadas de Tóquio na quarta-feira, 21 de julho, antes mesmo da abertura oficial dos jogos olímpicos na sexta-feira (23). As meninas do Brasil não são favoritas ao ouro, mas pretendem fazer de tudo para pelo menos subir ao pódio e trazer uma medalha para casa.
O futebol feminino olímpico foi organizado em três grupos:
- GRUPO E: Grã-Bretanha, Canadá, Japão e Chile;
- GRUPO F: Holanda, Brasil, China e Zâmbia;
- GRUPO G: Suécia, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália.
O Brasil terminou a fase de grupos com o segundo melhor ataque, marcando 9 gols em 3 jogos. A classificação do grupo do Brasil ficou assim ao final das 3 rodadas:
Bora falar um pouco mais sobre os jogos!
Brasil x China
Na estreia, a seleção brasileira bateu a China com uma linda goleada: 5×0, com gols de Marta (2x), Debinha, Andressa Alves (p) e Bia Zaneratto. Comentando um pouquinho sobre o jogo, acredito que as meninas tenham estreado com o pé direito – fizeram um ótimo jogo durante todo o primeiro tempo, sempre rondando a área adversária, pressionando alto e gerando diversas ocasiões de perigo. Elas saíram dos primeiros quarenta e cinco minutos com 2×0 no placar, mas digo tranquilamente: poderia ter sido mais, porém a goleira chinesa foi bem.
No segundo tempo, o Brasil entrou um pouco mais lento e a China tomou as rédeas da partida durante os 20 primeiros minutos, dando alguns sustos para a defesa e para a goleira Bárbara (que defendeu MUITO, diga-se de passagem), mas as brasileiras conseguiram retomar o controle com um gol da rainha Marta aos 74 minutos e com as boas substituições da técnica sueca Pia. Com o controle do jogo retomado, foi só alegria, e Andressa Alves e Bia Zaneratto fecharam o placar para a seleção.
O Brasil foi muito bem como coletivo, mas sempre existem os destaques individuais – com exceção de Marta, que sempre é destaque, considero que Debinha e Bia Zaneratto jogaram bem demais contra a China. Debinha é veloz e dribla muito bem, então se livrou fácil da marcação e gerou boas situações de gol, enquanto Bia Zaneratto fez de tudo um pouco: recuperou bolas que geraram gols, puxou vários contra-ataques, deu assistência e ainda foi premiada com um gol no final da partida.
Brasil x Holanda
Contra a China, o Brasil não enfrentou tantas dificuldades e conseguiu uma goleada muito bonita. No entanto, contra a Holanda, o desafio foi mais difícil, pois a seleção holandesa é bem forte e possui boas jogadoras, como Lieke Martens e Viviane Miedema, a artilheira dos jogos olímpicos até aqui com 8 gols. O jogo aconteceu na manhã do dia 24 e o Brasil empatou em 3×3: Debinha, Marta (p) e Ludmila marcaram para o lado brasileiro, enquanto Miedema (2x) e Janssen fizeram para as holandesas.
A seleção brasileira fez, novamente, um jogo muito bom coletivamente, as jogadoras defenderam e atacaram bem, sempre pressionando alto para tentar roubar a bola no campo de ataque (inclusive, foi assim que saiu o terceiro gol do Brasil) e poderiam realmente ter ganhado o jogo. Quotando Mariana Spinelli: “Com a bola no chão, o Brasil é muito bom.” A Holanda é uma boa seleção, mas contou com a sorte nesse dia, pois a goleira Bárbara falhou em um dos gols e, em outro lance, numa cobrança de falta primorosa, empatou a partida.
Além disso, vale mencionar que o Brasil saiu atrás no placar logo no início, mas teve um psicológico sensacional para buscar o resultado sempre que ficou atrás. Foi uma partida de gala da seleção brasileira e nossas meninas mostraram que tem qualidade.
Um destaque positivo do jogo brasileiro foi Tamires, lateral esquerda da seleção. Na partida contra a China, ela ficou muito presa na defesa e não conseguiu avançar muito. Já contra a Holanda isso mudou um pouco, pois ela teve mais liberdade para avançar ao campo de ataque e criar oportunidades pelo lado esquerdo. Debinha também jogou muita bola. Do lado holandês, Miedema foi o grande destaque, com dois gols e sempre trazendo perigo ao gol brasileiro.
Brasil x Zâmbia
Contra a Zâmbia, o Brasil não foi tão bem. O jogo foi muito picotado, com muitas faltas e choques de cabeças entre as jogadoras, além de lesões e substituições de ambos os lados. A seleção da Zâmbia é bem desorganizada e o Brasil tinha tudo para golear, mas a técnica Pia resolveu (corretamente) poupar algumas jogadoras para a próxima fase. Com isso, o time do Brasil sofreu um pouco com a falta de entrosamento, pois as jogadoras que foram titulares não estavam acostumadas a jogarem juntas.
De maneira geral, o jogo não foi dos melhores, pois a seleção brasileira não conseguiu impor seu jogo e ganhou a partida numa bola parada – a belíssima cobrança de falta de Andressa Alves. A Zâmbia também ofereceu pouco perigo à meta brasileira, já que ficou com uma a menos desde os 14 minutos do primeiro tempo, mas a goleira Bárbara foi bem quando requisitada.
Uma coisa bem legal do jogo foi a estreia oficial de Giovana Queiroz, atacante promessa de apenas 18 anos que fez sua estreia oficial com a camisa da seleção brasileira nas Olimpíadas. Ela entrou aos 28 minutos do primeiro tempo, substituindo Beatriz Zaneratto (envolvida em um dos choques de cabeça). Fora isso, nem Brasil e nem Zâmbia tiveram muitos destaques individuais.
Quartas de final
Ao final da fase de grupos, com o empate contra a Holanda, o Brasil pegou um caminho razoavelmente mais “tranquilo” ao pódio. O 1º colocado do grupo F enfrenta o 2º colocado do grupo G (que conta com Suécia e Estados Unidos, duas seleções favoritas). Já o 2º colocado do F pega o 2º do grupo G. Como a seleção brasileira terminou em 2º, enfrentará agora o Canadá, que também ficou em 2º no grupo E. O jogo será na sexta-feira (30), às 5 da manhã e terá transmissão da Globo, do SporTV e da Band Sports.
Assim ficaram as quartas de final e o chaveamento:
Arte conceitual do chaveamento do futebol feminino nas Olimpíadas. Foto: Twitter @SelecaoFeminina
E aí torcedor, quem avança para as semifinais? Conta pra gente nos comentários (com clubismo ou sem) o seu pódio!
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QUENTARO 